Vejo pelo caleidoscópio da vida,
meninos com revistas de pintar na mão,
noutra uma palheta com tons de cinza,
sonhando em colorir amizades
que não passarão de uma estação.
A andorinha que sozinha não faz verão
lança a flagrância de seus desejos no ar
numa florescência de cores da paixão
meninos deslumbrados viram colibris desatinados
que serelepes beijam a natureza morta
do bebedouro da imaginação.
No tempo dos amores a flor da pele,
meninos correm atrás de roda moinhos
caçando sacis afim de realizar desejos
mas esquecem que meninos de carapuça
são lendas, e se não forem, são moleques a aprontarEnquanto sonham com o pote no fim do arco íris
não cessam de chegar
e no alvorecer de um novo diaaos meninos vem a tona
que pelos furos da peneira
passarão ventos que não vão mais voltarAdilson Di